BH: moradores reclamam de estacionamento irregular na Praça da Assembleia
A denúncia foi feita pela Associação de Moradores e Amigos do Bairro Santo Agostinho (Amagost), que alega que a situação ocorre há mais de cinco anos
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Siga noMoradores do Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, discutem sobre o estacionamento de carros na Praça Carlos Chagas, popularmente conhecida como Praça da Assembleia. Enquanto muitos exaltam a utilização da área como um espaço de lazer, outras pessoas buscam o local para estacionar os seus veículos.
Em maio deste ano, a Associação de Moradores e Amigos do Bairro Santo Agostinho (Amagost) publicou o seu boletim mensal defendendo o “uso da praça como praça”. A instituição denuncia que há uma grande quantidade de carros utilizando o local como estacionamento e ressalta que sua posição sobre o tema tem o intuito de “garantir a segurança e a tranquilidade dos usuários, pedestres e transeuntes, não motorizados, indistintamente.”
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Em entrevista ao Estado de Minas, o presidente da Amagost, Sílvio Magalhães, conta que a associação vem fazendo essa denúncia há mais de cinco anos. Ele explica que, com a chegada de um novo reitor no Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, que está localizado na Praça Carlos Chagas, o local ou a ser mais frequentado - o que acarretou no estacionamento de carros no eio.
“Nós temos uma relação muito boa com o Santuário. Com a chegada do Padre Fernando, em 2018, ele começou a imprimir uma dinâmica nova, o que aumentou bastante o número de fiéis. Usar a praça como estacionamento traz um benefício para a igreja, porque é uma comodidade, né?”, afirma.
Magalhães destaca que, durante a semana, principalmente no turno da noite, e aos fins de semana, a Praça da Assembleia se transformou em um estacionamento. “De qualquer forma, o Santuário está ocupando o espaço e isso é importante. Porque, quanto mais pessoas vão à Igreja, mais gente circula pela praça.”
Conciliação com o Santuário
O presidente da Amagost afirma, ainda, que este tema vem sendo discutido com o reitor do Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, padre Fernando Lopes Gomes, em busca de um “regramento.” De acordo com Magalhães, um pré-acordo para definir um número limitado de vagas já foi discutido, não colocado em prática.
“O padre Fernando é um parceiro da associação e a gente entrou em um consenso para estabelecer cerca de seis vagas demarcadas para alguns eventos específicos, como casamentos”, explica.
Em nota, o Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, destaca que é o marco zero da Praça Carlos Chagas, espaço que foi construído “ao redor do templo, em terreno doado pela Igreja ao poder público.”
A instituição também afirma que busca dialogar com o poder público, mas “tem encontrado dificuldades para promover ibilidade ao seu templo, que é a principal referência para os devotos de Nossa Senhora de Fátima na capital mineira, um dos mais relevantes lugares de peregrinação de Belo Horizonte.”
Fiscalização foi intensificada
A publicação que denuncia o “estacionamento irregular de veículos”, veiculada nas redes sociais da Amagost, destaca que a demanda foi encaminhada para os órgãos municipais competentes.
Em nota, a Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte afirmou que não há registro por parte da associação de reclamações nos canais oficiais da corporação sobre o estacionamento dos carros na praça. “No entanto, equipes da Inspetoria de Trânsito da Guarda intensificaram a fiscalização no local, inclusive aos fins de semana.”
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A Guarda Municipal ressaltou que é proibido estacionar veículos sobre eios, sendo infração grave, com previsão de remoção do automóvel, 5 pontos na CNH e multa de R$ 195,23. Se o agente de trânsito flagrar o condutor trafegando sobre o eio, a infração se torna gravíssima, com 7 pontos na CNH e multa de R$ 880,23.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino