Lula: 'Minas não merece um Nikolas ou Cleitinho para o governo'
Presidente cumpre agenda no estado e aproveitou agem para fazer gesto político em direção ao senador Rodrigo Pacheco na disputa pelo governo de Minas
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Siga noDurante agenda em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (12/6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um gesto político em direção ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apontado como seu favorito para a disputa ao governo de Minas em 2026. Em tom calculado, Lula sugeriu que, em certos momentos, a política impõe escolhas inevitáveis.
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“A gente não faz mais o que quer, é levado pelo momento”, declarou o presidente, olhando diretamente para Pacheco. Em seguida, completou: “Depois desse governador, que não vou citar o nome (Romeu Zema), esse estado (Minas) não merece um Nikolas ou Cleitinho".
Lula afirmou que Minas Gerais precisa ser "cuidada com carinho". "É um estado muito importante do ponto de vista econômico, do ponto de vista artístico cultural, do ponto de vista da agricultura, mas sobretudo do ponto de vista político", disse.
A declaração foi recebida com entusiasmo por aliados e interpretada como um empurrão público à possível candidatura de Pacheco ao Palácio Tiradentes.
Embora ainda evite se lançar como pré-candidato, Pacheco tem sido cortejado por setores do PT, PSD e do próprio Planalto para liderar uma frente ampla contra o bolsonarismo em Minas.
Adversários
Mais cedo no discurso, Lula já havia exaltado o perfil do senador e criticado adversários influentes em redes sociais. Sem mencionar diretamente o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), o presidente fez referência ao confronto recente entre o parlamentar e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência na Câmara.
"Quando vai um deputado na Câmara prestar um depoimento, pega o celular e sai correndo para não ouvir a resposta. Eles (bolsonaristas) não têm o menor compromisso com a verdade. Quanto mais mentira, mais safadeza, tentam tirar proveito do povo que gosta de um celular", enfatizou.
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O petista também subiu o tom contra o que chamou de “picaretas digitais”. “Acho que nenhum desses picaretas, que acham que são bons por viver na frente do celular falando mal dos outros, tem a menor chance de competir com Pacheco. Não é possível imaginar que se pode fazer política no celular, falando mentira para todo mundo.”
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