Santo Antônio é uma das figuras mais queridas do catolicismo, especialmente em países como Portugal e Brasil. Celebrado no dia 13 de junho, ele é tradicionalmente invocado por quem busca um grande amor ou deseja firmar um relacionamento. Mas, afinal, por que ele ganhou a fama de “santo casamenteiro”?
Nascido como Fernando de Bulhões, em Lisboa, no final do século XII, Santo Antônio entrou para a Ordem dos Franciscanos e adotou o nome pelo qual ficou conhecido. Ele se destacou por sua oratória e profundo conhecimento teológico, tornando-se um dos grandes pregadores da Igreja. Após sua morte em 1231, foi canonizado em tempo recorde — apenas 11 meses depois.
Apesar de ser hoje mais lembrado por sua ligação com o amor, os registros históricos mostram que a maioria dos milagres atribuídos a Santo Antônio envolvia curas e intervenções em situações de vida ou morte, e não relacionamentos.
A associação com o casamento vem mais das tradições orais e populares do que de documentos oficiais. Uma das histórias mais repetidas é a de uma jovem pobre que, sem dinheiro para o dote — prática comum na época —, rezou para o santo pedindo ajuda. Conta-se que Santo Antônio desviou discretamente doações recebidas pela igreja para permitir que ela se casasse com quem amava.
Outra versão, mais lendária, narra que a própria imagem do santo teria entregue um bilhete à jovem com instruções para conseguir a quantia necessária. Em outro episódio, ele teria aconselhado mulheres a buscarem casamento por amor, e não por imposições familiares, o que o colocou à frente de seu tempo e reforçou sua fama de protetor dos apaixonados.
O papel da trezena e das simpatias
A devoção popular a Santo Antônio no Brasil é marcada pela trezena — 13 dias de orações que antecedem seu dia, de 1º a 13 de junho. Além disso, nesse período se multiplicam as simpatias amorosas: deixar o santo de cabeça para baixo, esconder sua imagem até conseguir um namorado ou até colocá-lo dentro de um copo d’água são algumas das práticas populares.
Felicidade para os casais! Que seja infinita enquanto dure.
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Acre: É o estado onde as pessoas se separam mais rapidamente: em 10,2 anos.
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Rondônia: 10,4 anos. População do estado: 1,7 milhão de habitantes
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Mato Grosso do Sul: 11,7 anos. População do estado: 2,6 milhões de habitantes
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Distrito Federal: 12,1 anos. População: 3 milhões de habitantes
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Goiás: 12,4 anos. População do estado: 6,5 milhões de habitantes
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São Paulo: 12,9 anos. População do estado: 45 milhões de habitantes
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Amazonas: 13,1 anos. População do estado: 3,8 milhões de habitantes
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Espírito Santo: 13,2 anos. População do estado: 3,9 milhões de habitantes
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Mato Grosso: 13,3 anos. População do estado: 3,2 milhões de habitantes
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Tocantins: 13,5 anos. População do estado: 1,5 milhão de habitantes
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Agora, os estados que têm média abaixo da nacional. Ou seja, os casamentos duram menos de 13,8 anos.
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Rio de Janeiro: O RJ empata com o Brasil - média de 13,8 anos. População do estado: 16,4 milhões de habitantes
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Amapá: 14 anos. População do estado: 751 mil habitantes
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Minas Gerais: 14 anos. População do estado: 20,8 milhões de habitantes
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Paraíba: 14 anos. População do estado: 3,9 milhões de habitantes
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Roraima: 14,1 anos. População do estado: 497 mil habitantes
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Pernambuco: 14,2 anos. População do estado: 9,2 milhões de habitantes
Acervo ICMBio
Sergipe: 14,4 anos. População do estado: 2,2 milhões de habitantes
divulgação ferias.tur
Paraná: 14,6 anos. População do estado: 11 milhões de habitantes
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Ceará: 14,7 anos. População do estado: 8,8 milhões de habitantes
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Pará: 14,8 anos. População do estado: 8 milhões de habitantes
Snz58148687 - Wikimédia Commons
Alagoas: 14,9 anos. População do estado: 3,3 milhões de habitantes
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Bahia: 15,2 anos. População do estado: 15,1 milhões de habitantes
Rogerio Malaquias – Flickr
Santa Catarina: 15,3 anos. População do estado: 7,1 milhões de habitantes
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Maranhão: 15,4 anos. População do estado: 6,8 milhões de habitantes
hammad ghori - Flickr
Rio Grande do Norte: 15,7 anos. População do estado: 3,4 milhões de habitantes
ALLAN TRIGUEIRO - Flickr
Piauí: 16,6 anos. População do estado: 3,3 milhões de habitantes
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Rio Grande do Sul: 16,7 anos. População do estado: 11,2 milhões de habitantes
Bruna Cabrera/Especial Palácio - Wikimédia Commons
Veja quanto tempo duram, em média, os casamentos em cada estado do país, de acordo com o censo mais recente, do ano de 2022. O estado do Ceará, do seu Manoel e da dona Maria, está em nono lugar. Veja a lista.
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Um casamento duradouro é coisa rara. No Brasil, a duração média dos casamentos é de 13,8 anos. E a longevidade das relações varia de estado para estado. Os gaúchos são os mais persistentes, enquanto os acreanos estão na lanterna dos casamentos mais sólidos.
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Hoje em dia, não é segredo que os casamentos - com raras exceções - duram bem menos do que em tempos ados. No Brasil, Lei do Divórcio existe desde 1977 e, de lá pra cá, as mudanças sociais ampliaram a possibilidade de separação. Um dos fatores determinantes é a evolução da mulher no mercado de trabalho, que lhe dá independência.
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Para Manoel Dino, todas as dificuldades foram enfrentadas com uma união permanente que é motivo de orgulho: "A vida era dura, mas valeu a pena. Uma vida de parceria está ligada à ausência de vícios", enfatizou.
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A família é bem grande: além dos filhos, eles têm 55 netos, 60 bisnetos e 14 tataranetos. Na foto, um dos netos, que aparece no vídeo de divulgação da LongeviQuest.
Divulgação LongeviQuest
Eles se casaram um ano depois e trabalharam no sertão, cultivando tabaco para sustentar 13 filhos. Nove ainda estão vivos.
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A história do casal começou em 1938 quando ele tinha 20 anos e conheceu Maria, de 17, na cidade cearense de Almeida, onde ela foi buscar rapaduras.
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Dona Maria acrescenta mais um ingrediente absolutamente necessário quando se trata de manter o matrimônio: "O amor precisa ser cuidado diariamente", diz.
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Eles dizem que o segredo de um casamento duradouro é "cultivar o amor e evitar vícios". No dia 20 de novembro de 2025 eles vão completar Bodas de Carvalho - uma referência à árvore que simboliza solidez e resistência.
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A instituição americana LongeviQuest reconheceu e entregou um diploma a um casal brasileiro como o mais longevo do mundo, com impressionantes 84 anos de união. Manoel Angelim Dino, de 105 anos, e Maria de Sousa Dino, de 102, vivem em Boa Viagem, no Ceará, e também estão no Livro Guinness dos Recordes.
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Embora não façam parte do culto oficial da Igreja, essas simpatias atravessaram gerações e reforçaram o apelido de "santo casamenteiro".
O dia de Santo Antônio também marca a abertura das festas juninas. A tradição veio da Europa no século XIV, foi trazida pelos portugueses e incorporada à cultura brasileira com elementos indígenas e africanos. A fogueira — símbolo central da festa — representa o nascimento de São João, primo de Jesus, celebrado logo depois, em 24 de junho. A festa de São Pedro, em 29 de junho, fecha o calendário dos santos juninos.
Comidas típicas como milho assado, canjica, quentão e bolo de fubá, além das quadrilhas e do forró, fazem parte do cenário festivo — muitas vezes iniciado com uma celebração em homenagem a Santo Antônio.
Muito além do amor
Mais do que casamenteiro, Santo Antônio é considerado o “santo dos pobres” e um grande intercessor em causas urgentes. Seu legado de caridade, compaixão e sabedoria teológica segue inspirando milhões de fiéis no mundo inteiro.
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Mas é no imaginário popular — onde a fé se mistura com o desejo de encontrar o par ideal — que ele continua ocupando um lugar especial, especialmente em junho, quando o amor e a esperança dançam juntos ao som do forró e à luz das fogueiras.