VIOLÊNCIA

Brasil tem alta de feminicídio; 4 mulheres são mortas por dia

Dados foram divulgados pelo Mapa da Segurança Pública nesta quarta-feira (11/6)

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A violência doméstica contra mulheres cresceu em 2024. O número consta no Mapa da Segurança Pública divulgado nesta quarta-feira (11/6) pelo Governo Federal. Foram 648 tentativas de homicídio no período, um salto de 16,10% comparado com 2023. Índices de feminicídio e lesão corporal seguida de morte também registraram altas.

O relatório mostra que o feminicídio permaneceu relativamente estável em 2024, com alta de 0,69% ante o ano anterior. O número ou de 1.449 para 1.459 casos, o equivalente a quatro vítimas por dia. Desde 2020, verifica-se um crescimento gradual no número absoluto de feminicídios no país.

O município com mais vítimas foi o Rio de Janeiro, com 51 casos registrados. Na sequência, estão: São Paulo (51), Manaus (16), Teresina (12) e Campo Grande (11).

 A quantidade de estupros obedeceu a mesma tendência e oscilou 1,11% para cima, com 83.114 casos, ante 82.204 no período anterior. Foram 227 vítimas por dia, sendo 86% do sexo feminino.

O Sudeste apresentou uma maior concentração de estupros em números absolutos, com 29.007 registros em 2024. Na análise de proporção em relação à quantidade de habitantes, o destaque foi a região Norte, que liderou com a maior taxa do país, de 62,44%, seguida pelo Centro-Oeste, com 57,73%.

Já os casos de homicídio doloso com vítimas do sexo feminino caíram 8,78%, chegando a 2.422. Por outro lado, as tentativas de homicídio saltaram 16,10% e as lesões corporais seguidas de morte, 13,73%.

Assassinatos

O número de homicídios dolosos, independentemente do sexo, caiu 6,33% em 2024, alcançando os 35.365 casos, o equivalente a 97 vítimas por dia. O Rio de Janeiro foi a cidade com o maior número de vítimas no ano: foram 1.053. Salvador (864), Fortaleza (864), Manaus (801) e Recife (583) vêm em seguida.

No recorte por região, o Nordeste lidera, com 16.022 vítimas. Na sequência vêm Sudeste (9.274), Norte (4.249), Sul (3.451) e Centro-Oeste (2.369).

Registros de tentativas de homicídio, por outro lado, subiram 7,47%, chegando a 40.874, o que equivale a 112 casos diários. As lesões corporais seguidas de morte também tiveram alta: de 593 vítimas em 2023 para 729 em 2024, um aumento de 22,93%.

Já os latrocínios (roubos seguidos de morte) caíram. Foram 972 vítimas em 2023 e 956 vítimas em 2024. A redução de 1,65% equivale a três vítimas por dia.

Violência policial

As mortes por intervenção de agente de estado caíram 4,02% no período, de 6.391 em 2023 para 6.134 em 2024, ou 17 vítimas por dia. O estado com mais casos registrados foi a Bahia, com 1.557. São Paulo (813), Rio de Janeiro (699), Pará (597) e Goiás (381) aparecem na sequência.

Ao considerar a taxa por 100 mil habitantes, a situação mais crítica foi no Amapá, com 17,06%. Depois vêm Bahia (10,48%), Pará (6,89%), Sergipe (6,33%) e Mato Grosso (5,58%).

As mortes violentas de profissionais de segurança pública também subiram: alta foi de 6,77% em 2024. Foram 205 vítimas no período, sendo a maioria policial militar: 70,24%.

O pior quadro foi registrado no Rio de Janeiro, com 70 mortes. Em seguida, aparecem São Paulo (32), Pará (25), Ceará (17) e Bahia (11).

Outro dado que chama atenção é o número de suicídios de agentes do estado, que atingiu 148 casos no ano ado, o maior número da série histórica iniciada em 2020. O valor representa um crescimento de 9,63% em relação a 2023, quando foram contabilizados 135 casos. Na população em geral foram 16.218 suicídios no período, alta de 1,44% ante o ano anterior.

Trânsito

As mortes no trânsito ou em decorrência dele subiram expressivamente em 2024: 8,94%, para 26.138, fazendo 71 vítimas por dia. Os piores índices foram observador no Rio (706), em São Paulo (657), Recife (179), Fortaleza (176) e Manaus (174).

Já os furtos de veículos caíram 2,64%, segundo os dados. Foram de 220.950 em 2023 para 215.121 em 2024, totalizando 588 ocorrências diárias. Redução se deu mesmo diante de um aumento de 3,98% na frota.

Os roubos seguiram a mesma curva e desceram 6,10%, com 127.165 ocorrências. O estado de São Paulo foi o mais afetado, com 31.696 registros, seguido do Rio de Janeiro (30.934), Pernambuco (11.662), Bahia (11.072) e Ceará (6.587).

Tráfico de drogas

O tráfico de drogas também se manteve estável de um ano para o outro, com pequena alta de 0,61%, para 182.951 ocorrências por dia. Em números absolutos, a pior situação foi em São Paulo (37.753), Minas Gerais (23.785), Rio de Janeiro (21.017), Rio Grande do Sul (16.573) e Paraná (13.343).

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

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Também é possível realizar denúncias pelo número 180 - Central de Atendimento à Mulher - e pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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