MÚSICA

Roberta Sá encerra a edição 2025 do projeto Uma Voz, Um Instrumento

Cantora traz a Belo Horizonte nesta quinta-feira (12/6) o seu novo show, que marca os 20 anos de carreira. Apresentação tem ingressos esgotados

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Para fechar a temporada 2025 do projeto Uma Voz, Um Instrumento, Roberta Sá chega a Belo Horizonte com um show recém-saído do forno, em única apresentação, nesta quinta-feira (12/6), no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH. Os ingressos estão esgotados.

Concebido para marcar os 20 anos de lançamento de “Braseiro”, seu primeiro álbum, “Tudo que cantei sou” estreou na semana ada, no Rio de Janeiro.


Nesse novo show, a cantora é acompanhada apenas pelos músicos Alaan Monteiro (bandolim / cavaquinho) e Gabriel de Aquino (violão) – o que vem a calhar, já que a premissa do projeto Uma Voz, Um Instrumento são as formações enxutas a que o título alude.

“No caso, são uma voz e dois instrumentos. Roubei um pouquinho”, graceja Roberta. Ela diz que o desejo de voltar para um “lugar mais simples da música” foi o que a moveu nesse sentido.


Seu mais recente álbum, “Sambasá” (2022), cujo show ganhou registro ao vivo no ano seguinte, é um trabalho, como o nome sugere, calcado no samba. Trata-se, segundo a cantora, de um projeto que estabeleceu uma comunicação mais ativa com o público, no sentido da festa e da animação. Ela observa que, antes, viveu um período marcado pela pandemia e pelo nascimento de sua filha, hoje com 2 anos e meio.


Silêncio e escuta

“Fazia tempo que eu não estava num palco de silêncio, de escuta, de uma troca com outro nível de profundidade. Isso estava me fazendo falta, poder me comunicar com o silêncio da plateia e até com os meus silêncios”, diz.


“O 'Sambasá' tinha uma explosão, o que é muito bom, mas essa força da introspecção também faz parte da vida. Meu preenchimento artístico precisa desses dois lugares”, afirma. Ela comenta que a estreia de “Tudo que cantei sou” foi “muito linda” e “especial”.

Roberta diz que o novo show expressa sua vontade de cantar e nada mais, com as músicas formatadas de uma maneira que poderiam ser feitas na sala de casa, sem microfone. “Estou com filha pequena, querendo gravar um disco novo, então estava precisando descansar. Esse show foi pensado nesse sentido, de uma coisa menor, fácil de carregar, até para abrir espaço para a criação. Eu diria que é um ritual de agem.”


Roteiro

Como é um show que celebra a trajetória discográfica de 20 anos da artista, o repertório é, naturalmente, retrospectivo, com músicas pinçadas de cada um de seus álbuns. Ela diz que a seleção foi feita com base em seu gosto pessoal e no desejo de rever canções que têm o traço da introspecção. “Quis revisitar coisas que eu não tinha oportunidade de cantar há muito tempo e que estavam ali, permeando sentimentos meus e do meu público”, diz.


O roteiro inclui músicas como “Água doce” (Roque Ferreira), “Casa pré-fabricada” (Marcelo Camelo), “Pavilhão de espelhos” (Lula Queiroga), “O lenço e o lençol” (Gilberto Gil), “Me erra” (Adriana Calcanhotto) e “Olho de boi” (Rodrigo Maranhão), entre outras. Contempla, também, três músicas até então não registradas pela cantora: “Essa confusão” (Dora Morelenbaum / Zé Ibarra), “Lavoura” (Marina Iris) e “Juras” (Rosa os e Fernando Oliveira).


Roberta confessa que estava com receio de estrear o show, por se tratar de um “momento de muita intimidade revelada”, mas, agora que estreou e foi bem recebido, quer circular o máximo que puder com ele. “Já foi até Paris, então agora quero levar para o mundo”, diz.

Ela cita o fato de ter se apresentado, na última sexta-feira (6/6), no jantar que o governo francês ofereceu para a comitiva do presidente Lula, em visita ao país europeu.


Show em Paris

“Foi um privilégio enorme”, afirma, sobre a experiência. “Pude compreender melhor a força da cultura brasileira, ver como é respeitada lá fora. É um alívio ver isso acontecer novamente, mas dá um receio do futuro, porque não é óbvio que continuará assim. Fiquei muito lisonjeada de ter sido escolhida para ocupar esse lugar”, diz.


No Brasil, ganhou destaque em veículos da imprensa o valor de R$ 168 mil pagos pela apresentação. Roberta observa que essa despesa foi publicada no Diário Oficial da União e que não se trata de um cachê pessoal, mas do custeio dos músicos, da viagem e da hospedagem.


Ela afirma que noticiar da forma como foi feito, como se tivesse algo de errado, é fazer politicagem. “Isso não me atingiu em nada, minha consciência está 100% tranquila. A gente vê coisas realmente suspeitas nesse sentido, quando você tem cidades minúsculas pagando cachês de R$ 1 milhão, dinheiro público, para artistas se apresentarem.” 

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